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SIMPÓSIO TEMÁTICO 6

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O ESTUDO DO LÉXICO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

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Coordenadora: Profa. Dra. Terezinha Bittencourt (UFF) 

Link do Google Meet: meet.google.com/zgb-uvaj-bvm

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O material didático das aulas de língua portuguesa, de modo geral, tem, atualmente, descurado do estudo do léxico, talvez porque os estudiosos vejam, na ampliação do vocabulário, um aspecto secundário para a construção de textos ou até uma espécie de resquício anacrônico - e desnecessário - do ensino de língua, tal como era ministrado tradicionalmente. Diferentemente das obras do passado, nas quais se dedicava uma parte especial para esse estudo, apresentando-se textos com palavras novas para os leitores, a fim de aumentar seu universo linguístico, os autores hodiernos privilegiam, via de regra, textos retirados de obras que procuram reproduzir a linguagem informal do quotidiano, impedindo, assim, que os jovens incorporem novos signos a seu saber linguístico em construção. O conhecimento de novas palavras não visa a um preciosismo linguístico ou a um simples efeito retórico para “ilustrar” ou mostrar a suposta erudição de seu autor. Cada unidade nova, incorporada pelo falante, possui, dentro do sistema da língua, um valor especial e, por isso mesmo, modifica a própria compreensão do universo discursivo e igualmente do universo extralinguístico, determinando a expressão de novos sentidos nas múltiplas manifestações linguísticas. Nosso propósito é apresentar as estratégias, em língua portuguesa, usadas para produzir o léxico e discutir a importância de seu estudo para a ampliação da competência linguística dos alunos do ensino fundamental e do ensino médio.

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OS PROCESSOS DE CRIAÇÃO LEXICAL EM LÍNGUA PORTUGUESA

 

Terezinha Bittencourt (Doutora- Profª UFF)

terezinha.bitt@gmail.com

 

A linguagem é atividade criadora ou livre, enérgeia, como ensinava W. Humboldt. Mas a criação linguística é sempre criação para o outro, estando, pois, a liberdade de criar novos signos, para ampliar o léxico, cerceada pela dimensão da alteridade constitutiva da própria linguagem. Assim, para obedecer à finalidade comunicativa da linguagem, todos os novos signos são construídos de acordo com dois diferentes processos: com base em modelos previstos no sistema da língua, tradicionalmente conhecidos por “processos de formação de palavras”, e através da metáfora ou criação por imagem. Este trabalho visa a apresentar e a discutir os processos linguísticos empregados, em língua portuguesa, para a criação de novos signos, através das regras do sistema e da metáfora.

 

 

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O LÉXICO NA EJA: UMA EXPERIÊNCIA COM COMUNICAÇÃO EM PROSA MODERNA, DE OTHON MOACYR GARCIA

 

Daniela Porte (Doutora – UFF)

danielaporte7@gmail.com

 

A obra de Othon Moacyr Garcia (1967), Comunicação em Prosa Moderna, dispensa considerações sobre sua importância na história do ensino de língua portuguesa. Ainda hoje, o compêndio oferece proposta contundente de análise e prática linguística especialmente para o ensino superior. Na Educação de Jovens e Adultos, o nível de elaboração dos exercícios de Othon mostrava-se, inicialmente, incompatível com as particularidades do processo de aprendizagem do segmento. Surpreendeu-nos, entretanto, o grau de produtividade alcançado com as propostas de exercícios voltadas para o léxico. As atividades apontaram caminho profícuo para o desenvolvimento da ampliação vocabular dos alunos, revelando-nos o que, atualmente, discute-se como objetivo central do ensino da disciplina de língua portuguesa: a ampliação da competência linguística (COSERIU,1992). É nossa intenção discutir a experiência com turmas finais do Ensino Médio na EJA, comprovando a pertinência da concepção de ensino de língua materna de Garcia também atualmente.

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