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SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 3 (14h - 16h30)

 

 

Mediadora: Ilana da Silva Rebello Viegas (UFF)

Link do Google Meethttps://meet.google.com/gno-ipvb-hub

 

 

TÁ DAQUELE JEITO: O IMPLÍCITO E OS EFEITOS DE SENTIDO NAS LETRAS DE FORRÓ DE SANTANNA, O “CANTADOR”, EM UMA PERSPECTIVA SEMIOLINGUÍSTICA

 

Victória Bezerra (UFF)

victoriab@id.uff.br

 

Neste trabalho, temos por objetivo refletir acerca dos efeitos de sentido provocados por elementos linguísticos em letras de forró. Este trabalho se justifica pelo interesse da autora pela instigante complexidade de recursos linguísticos capazes de provocar sentidos além dos explícitos na superfície do texto. Partimos da hipótese de o implícito requerer um nível de compreensão que associe não só aspectos linguísticos e textuais, mas também discursivos e situacionais, além de pressupormos haver relações político-sociais entre as características presentes nas canções e os grupos produtores das mesmas. Assim, objetivamos, a partir da análise do corpus (letras de forró associadas ao cantor e compositor cearense Santana, o “Cantador”), investigar as estratégias que respondem pelos efeitos de sentido provocados pelos forrós e relacionar os imaginários sociodiscursivos e estereótipos ativados nas letras. Para tanto, pautamos a nossa investigação, prioritariamente, em Charaudeau e nos estudos sobre Semiolinguística, imaginários sociodiscursivos e contrato comunicativo (2005, 2017, 2018); em Frege e Ducrot (2008, 2016) e em pesquisas no campo do implícito; em Grice (1982) e no estudo acerca do contexto extralinguístico das implicaturas conversacionais. Buscamos, portanto, contribuir para as pesquisas do campo discursivo, com base, principalmente, na Semiolinguística com um estudo sobre a produção de diferentes efeitos de sentido e implícitos em letras de forró.

 

Palavras-chave: Semiolinguística; imaginários sociodiscursivos; efeitos de sentido; implícitos; letras de forró.

A RESSIGNIFICAÇÃO DO VALOR IDENTITÁRIO DO NEGRO NAS CAPAS DO ÁLBUM “LADRÃO E HISTÓRIA DA MINHA ÁREA” DO RAPPER MINEIRO DJONGA

 

Giselle de Souza Reis Coutinho (UFF)

gisellesouzareiscoutinho@id.uff.br

Ilana da Silva Rebello (UFF)

ilanarebello@id.uff.br

O presente artigo propõe-se a investigar os mecanismos de construção identitária do negro nas capas dos álbuns Ladrão e Histórias da minha área do rapper mineiro Djonga, verificando como o processo de semiotização de mundo e os imaginários sociodiscursivos são mobilizados na ressignificação do perfil do jovem negro, que funcionam também como uma contra-argumentação a discursos estereotipados. Parte-se da hipótese de que o mundo significado nas capas dialoga com o propósito do movimento Hip Hop, que questiona uma identidade negra pré-estabelecida. O percurso teórico metodológico tem como base alguns conceitos da Semiolinguística, como Sujeitos de linguagem, Semiotização de Mundo e Imaginários Sociodiscursivos (CHARAUDEAU, 2001; 2007; 2018). Além dessa base teórica, utiliza-se também a teoria dos signos de Pierce (2010) e estudos sobre cor (GUIMARÃES, 2000). Pretende-se, portanto, analisar, a partir de um estudo qualitativo das estratégias acionadas no circuito de produção, os procedimentos de identificação e de qualificação do jovem negro, (re)construídos pelo artista.

 

Palavras-chave: Semiolinguística; semiotização de mundo; identidade negra; rap.

 

DA INCLUSÃO À REJEIÇÃO: TENSÕES ENTRE OS DISCURSOS DE PROMOÇÃO E DE OBJEÇÃO À POPULAÇÃO LGBTQIA+ NAS REDES SOCIAIS

 

Raquel Monteiro de Rezende (UFF)

raq.rezende@gmail.com

Janayna Rocha da Silva (UFF)

rochajanayna1412@gmail.com

 

Uma vez que os crimes de homofobia são frequentes no Brasil, país que há mais de uma década lidera o inglório ranking de homicídios de pessoas transexuais, torna-se necessário o empenho da sociedade a fim de elucidar tal cenário de intolerância. Assim sendo, como os Estudos da Linguagem podem contribuir para a compreensão e, consequentemente, solução de problemas sociais, o presente trabalho tem o objetivo de, a partir da análise de discursos promocionais favoráveis à causa LGBTQIA+ publicados por uma empresa do ramo do varejo em suas redes sociais e seus respectivos comentários de discordância, identificar discursos de ódio contra tais indivíduos. Para tanto, além discorrer sobre os conceitos de imaginários sociodiscursivos (Charaudeau, 2015, 2017), de semiotização do mundo (Charaudeau, 2008) e de contrato de comunicação (Charaudeau, 2008, 2018), este artigo ancora-se nos postulados de Charaudeau (2019) e Galinari (2020) acerca da violência verbal a fim de identificá-la no corpus apresentado. A conclusão a que se chega é a de que a partir, muitas vezes, de uma justificativa religiosa, propaga-se um imaginário sociodiscursivo (Charaudeau, 2017) preconceituoso acerca do indivíduo LGBTQIA+, responsabilizando-o pela degeneração da sociedade e contribuindo, em consequência, para o seu alijamento social.

 

Palavras-chave: imaginários sociodiscursivos; violência verbal; LGBTQIA+.

“EM MEIO A ESSE CAOS NASCEU @VIR.US”: UMA ANÁLISE SEMIOLINGUÍSTICA DA CULTURA DO CANCELAMENTO EM COMENTÁRIOS DO INSTAGRAM

 

Ana Carolina dos Santos (UFF)

ana.santos.uff@gmail.com

Ilana da Silva Rebello Viegas (UFF)

ilanarebello@id.uff.br

 

Pautando-se na perspectiva da Teoria Semiolinguística, objetiva-se analisar as estratégias discursivas manipuladas pelos usuários da rede social Instagram. Para isso, examinaremos comentários realizados por internautas em resposta à marca de roupas VIR.US.2020, criada pela atriz Thaila Ayala, em junho de 2020. O nome escolhido pela artista para designar a grife acaba gerando indignação no público que, mobilizado pelo tribunal da Internet, julga inaceitável a atitude de Thaila. A partir das contribuições de Charaudeau (2001; 2005; 2009; 2018), analisaremos as estratégias de produção da referida postagem, assim como os possíveis efeitos produzidos pela instância de recepção durante a troca linguageira.

 

Palavras-chave: Semiolinguística; Estratégias discursivas; Instagram; Cultura do cancelamento.

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