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SESSÃO 1

Professor Coordenador: Terezinha Bittencourt (UFF)

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O MEIO E A MENSAGEM: A IMPORTÂNCIA DO TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO REMOTO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Terezinha Bittencourt (Prof.ª Dr.ª UFF)

 

Trata-se de discutir a importância do texto literário no ensino de língua portuguesa, na nova realidade de ensino remoto, na qual, necessariamente, marcas específicas da oralidade e da escrita sofrerão profundas alterações. Pretende-se, ainda, apresentar algumas estratégias para a leitura e interpretação de textos nesses novos meios de comunicação.

 

 

O TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO REMOTO PARA EJA: A DUPLA ARTICULAÇÃO SEMIÓTICA E A LEITURA DE MUNDO

Daniela Porte (Doutorado – UFF)

 

Tomando o conceito de língua literária de Eugenio Coseriu (1993) e suas características estruturais preconizadas pelo linguista, este trabalho apresentará experiência pedagógica com a leitura de trechos da obra “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago (1995), para alunos de séries finais do ensino básico na EJA (Educação para Jovens e Adultos) do Noturno do Colégio Santo Inácio (RJ). Objetivou-se, com a atividade, a ampliação da competência linguística do alunado - escopo primário e primeiro das aulas de língua portuguesa – assim como a busca da continuidade ao semestre letivo para as turmas, por meio de "ensino remoto". Com o trabalho, pretendemos demonstrar as peculiaridades desta nova modalidade de ensino, exigida em todos os segmentos educacionais nacionais, especialmente no que concerne às especificidades das aulas de língua materna e os resultados obtidos com a aplicação da nova ferramenta tecnológica.

 

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E LITERATURA: UMA PERSPECTIVA DE ENSINO

Isabelle Maestrini Pestana (Especialista – UFF)

A literatura tem perdido o seu protagonismo na rotina do brasileiro ao passar dos anos. Por isso, a escola precisa tornar o texto literário seu principal objeto de estudo para o melhor desenvolvimento das competências linguísticas de seus alunos. Este trabalho, portanto, pretende apresentar uma sugestão de estudo das variações linguísticas tendo como ponto de partida o texto literário, uma vez que, nele, a linguagem se manifesta em toda sua excelência. Para isso, é necessário discutir o conceito de variação linguística, sem perder de vista a diferenciação dos juízos referentes à noção de correção e adequação no que diz respeito aos diferentes níveis da linguagem (universal, histórico e individual), e analisar a manifestação desse fenômeno nos textos literários. Serão analisadas, pois, duas peças teatrais – A falecida (1953) de Nelson Rodrigues e Auto da Compadecida (1955) de Ariano Suassuna – devido ao fato de tal gênero ser, por definição, construído utilizando-se de diálogos dramatizados, deixando clara a intenção enunciativa dos personagens. Com isso, pretende-se demonstrar que a literatura permite florescer, de forma mais diversa e profunda, a língua em uso, isto é, suas múltiplas facetas as quais são aquilo que define, na essência, a existência dessas diferentes variedades linguísticas. A presente pesquisa utilizar-se-á dos estudos teóricos de Coseriu (1980) para conceituar variação linguística, aplicar tal conceito aos textos selecionados e observar os diferentes sentidos evocados pelas expressões idiomáticas presentes nos textos. Este trabalho foi orientado pela Profª Drª Terezinha Maria da Fonseca Passos Bittencourt.

 

(RE)LER ILARI E POSSENTI (1985) HOJE: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Michel Marques de Faria (Mestrando - Universidade Estadual de Campinas)

 

O presente trabalho realiza uma (re)leitura do texto escrito por Rodolfo Ilari e Sírio Possenti escrito em 1985 no âmbito do Projeto Ipê, realizado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo para a atualização e aperfeiçoamento de professores. O texto em questão nos apresenta valorosos ensinamentos, dentre eles o de que é preciso valorizar o conhecimento linguístico internalizado do aluno. Nesse sentido, a partir do que nos ensinam os linguistas, a proposta da presente comunicação é colocar o texto de Ilari e Possenti (1985) em diálogo com outros textos, como por exemplo, Antunes (2003; 2007), Azeredo (2014), Bagno (2010), Faraco (2008) e Travaglia (2003), de tal forma que seja possível refletir sobre o ensino de Língua Portuguesa e, em certa medida, avançar (ou, pelo menos, atualizar) naquilo que nos ensinam Ilari e Possenti (1985): a escola não deve desconsiderar a riqueza linguística aportada pelo aluno. Pelo contrário, e R. Ilari e S. Possenti asseveram de forma brilhante, o fato de que o professor – de posse de seu conhecimento internalizado e dos alunos – terá muito a explorar nas aulas de Língua Portuguesa.

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